até 19 maio
3ª a sábado 13h às 19h30
Galeria Praça do Mar - Quarteira
entrada livre
Paris HOJE, o movimento migratório de pessoas fugindo dos seus próprios países acontece há milhares de anos. A crise dos refugiados na Europa tornou-se numa das maiores da história
da humanidade. Esta exposição, resulta de uma encomenda
de criação do festival encontros do DeVIR - segregação -
à fotografa Elisabete Maisão. Um trabalho de campo nas ruas
de Paris, realizado entre 26 de Março e 4 de Abril do corrente ano, junto dos acampamentos de refugiados oriundos do Iraque, Sudão, Etiópia, Síria, Eritreia, Afeganistão, e de outros países,
que vivem hoje, em tendas de campismo nas ruas de Paris,
depois do abandono forçado do Campo de refugiados de Calais e de outros destinos. Os franceses, como muitos outros europeus, partilham desconfortavelmente as suas cidades com os refugiados. Por defesa tornam-nos invisíveis e assim banalizam vidas continuamente adiadas. Debaixo das pontes acendem-se fogueiras para combater o frio e a neve. Onde há espaço,
junto aos canais do Sena, voluntários distribuem comida
e medicamentos. Nos jardins, perto de alguns monumentos
da cidade, os refugiados semeiam tendas verdes e azuis que
a Policia obriga a recolher, numa tentativa de os condicionar,
de os controlar e esconder em centros de acolhimento, onde
o tempo não passa, pouco acontece, e nada é feito, por um
país que não os quer, que não tem espaço para os integrar temporariamente na condição de refugiados.
Na resposta à pergunta “qual o sonho, que desejo?”,
balbucia-se sempre o retorno ao seu país de origem.
Mas antes, no tempo que falta, há a necessidade de sobreviver em condições dignas, enquanto as perseguições políticas
e a guerra não acabam.
Paris HOJE e refúgio e segregação
(Lagos - 2 Fevereiro/6 Abril; Faro 10 Abril/5Maio) são duas exposições de fotografia que se complementam e reforçam,
por isso são apresentadas em simultâneo na programação
da 4ª edição do festival encontros do DeVIR."