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até 10 maio

Teatro das Figuras (foyer)- Faro

terça a sábado

entrada livre

refúgio e segregação o movimento migratório de pessoas fugindo dos seus próprios países acontece há milhares de anos.

A crise dos refugiados na Europa tornou-se numa das maiores

na história da humanidade. A fotógrafa Elisabete Maisão percorreu campos de refugiados na Europa, no Médio Oriente, recentemente esteve em Roraima, na fronteira entre o Brasil

e a Venezuela. Nas suas visitas de trabalho como fotógrafa faz voluntariado e ensina fotografia a crianças (projeto HOPEN).

Em todos estes lugares ouviu histórias de pessoas, de famílias

que foram forçadas a deixar os seus países e a iniciar uma viagem

sem destino, confrontando-se com uma Europa de portas fechadas. Em Calais, seis mil refugiados tentaram atravessar

o canal da mancha para chegar a Inglaterra. Na Grécia, milhares

de refugiados morreram e ainda morrem na travessia da Turquia para Lesbos, o campo de Idomeni, hoje desmantelado, chegou

a acolher dezoito mil pessoas. Os campos militares para onde foram encaminhados forçadamente, ainda acolhem milhares

de refugiados. No Líbano, muitas são as famílias que esperam que a guerra na Síria acabe, para voltar para casa e reconstruir

as suas vidas. Actualmente, do outro lado do Atlântico, com a crise na Venezuela são muitos os refugiados que chegam ao estado de Roraima, na fronteira com o Brasil. Nas cidades de

Boa Vista e Pacaraima, as vidas dos habitantes ganharam novas formas, os lugares onde vivem transformaram-se em cidades refúgio. A fronteira entre a Venezuela e o Brasil está aberta.

A maioria dos refugiados que mudam de país são da etnia Warau. Por serem indígenas sofrem mais problemas de integração e aceitação. Como possuem poucos recursos económico a sua subsistência está dependente da ajuda exterior. Neste movimento migratório há refugiados indígenas e não indígenas, no entanto não se misturam. Há histórias de racismo, de muita dificuldade

de integração, de segregação num sistema desde logo descriminado. Em todos estes lugares, as pessoas vivem num limbo, à espera de soluções exteriores que as ajudem a encontrar soluções de integração para as suas vidas. Não faltam histórias positivas de partilha, em espaços de grande diversidade onde

se vive um forte sentido comunitário. Destas experiências, destes olhares, nasce esta exposição fotográfica que nos leva a pensar nas dificuldades enfrentadas por aqueles que se veem forçados

a distanciar-se das suas raízes, a viver numa nova realidade.

exposições
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