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Pão Rico

Vera Mantero

 

A serra agora está deserta. O pessoal amontoou-se todo no litoral.

Serra vazia, litoral inchado.

Num ápice (30 anos? 40 anos?), Quarteira: de aldeia de pescadores pobres a “referenciado centro de turismo”.

Os pescadores venderam a areia e assim nasceram as vivendas e depois os pequenos arranha-céus. Dinheiro e areia, areia e dinheiro.

Em Quarteira os prédios são todos muito mais altos do que os prédios do bairro onde moro em Lisboa.

Para chegar a Quarteira passo pelo campo de golfe, pelo outlet de golfe e pelos altos escorregas do parque aquático, de onde se lança a população em chamas.

Saio de Quarteira a pé, pelo Passeio das Dunas, e em 15 minutos chego à loja do Cristiano Ronaldo na Marina de Vilamoura. Pão Rico: Vale de Lobo e Vilamoura. Quarteira é o recheio de uma sanduíche, a sanduíche dos €10 milhões. Por aqui já aconteceu há muito a invasão da marabunta.

Vera Mantero

 

Após uma primeira edição dos “encontros do DeVIR”, realizada em 2012 pela DeVIR/CAPa, para a qual Vera Mantero criou “Os Serrenhos do Caldeirão, exercícios em antropologia ficcional”, que reflectia sobre a desertificação nesta zona montanhosa, foi novamente convidada para a terceira edição destes Encontros, que continuam a debruçar-se sobre temáticas e problemáticas do Algarve, desta vez sobre a descaracterização do litoral algarvio.

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Ficha Técnica

concepção e interpretação - Vera Mantero

desenho de luz - Hugo Coelho

operação de luz-  Hugo Coelho ou Rui Alves

residência artística - DeVIR/CAPa

co-produção - DeVIR/CAPa (encomenda para a 3ª edição do Festival "encontros do DeVIR") e Culturgest

produção - O Rumo do Fumo

agradecimentos - Nuno Graça, Tiago Barbosa, Margarida Santos, Hélder Rita, Antonieta Rita, Flávio Rita, Luís Romão, João dos Santos, Gabriel Almeida, Alexandra Gonçalves

O Rumo do Fumo é uma estrutura financiada pelo Ministério da Cultura / Direcção-Geral das Artes

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Bio Vera Mantero

Vera Mantero estudou dança clássica com Anna Mascolo e integrou o Ballet Gulbenkian entre 1984 e 1989. Tornou-se um dos nomes centrais da Nova Dança Portuguesa, tendo iniciado a sua carreira coreográfica em 1987 e mostrado o seu trabalho por toda a Europa, Argentina, Brasil, Canadá, Coreia do Sul, EUA e Singapura.

Desde 2000 dedica-se também ao trabalho de voz, cantando repertório de vários autores e co-criando projectos de música experimental.

Em 1999 a Culturgest organizou uma retrospectiva do seu trabalho até à data, intitulada "Mês de Março, Mês de Vera". Representou Portugal na 26ª Bienal de São Paulo 2004, com Comer o Coração, criado em parceria com Rui Chafes. Em 2002 foi-lhe atribuído o Prémio Almada (IPAE/Ministério da Cultura) e em 2009 o Prémio Gulbenkian Arte pela sua carreira como criadora e intérprete.

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             festival criações nacionais

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29 Abril, 21h30

Cine-Teatro Louletano

Av. José da Costa Mealha

8100-501 Loulé

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Pão Rico

Vera Mantero dança

 

Desfasamento

Miguel Cardoso texto

Gonçalo Pena desenho digital em tempo real

Nuno Moura leitura

 

Roteiros alternativos & itinerários subjectivos 

Perigo Público e Nuno Graça roteiro

Jorge Mestre Simão vídeo

 

o interesse pelo lugar

Luís da Cruz

exposição de fotografia

(foyer de 25 a 29 Abril)

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>12 anos

informações e reservas - 289 414 604 

cinereservas@cm-loule.pt

preço bilhetes - 7€

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